O que é a coparticipação no plano de saúde?
Entenda como funciona esse modelo e se vale a pena
Por Giovanni Gomes - Para Blog GFG Saúde
6/10/20253 min read
Ao contratar um plano de saúde, muitos consumidores se deparam com o termo “coparticipação”. Ele pode parecer técnico à primeira vista, mas entender o que significa faz toda a diferença na hora de escolher o plano certo — especialmente para quem busca equilibrar custo mensal e cobertura de qualidade.
A seguir, explico de forma clara o que é coparticipação, como ela funciona e em que situações esse modelo pode ser vantajoso (ou não).
O que é coparticipação?
Coparticipação é um modelo em que o beneficiário paga uma parte do valor de cada consulta, exame ou procedimento realizado, mesmo estando com o plano ativo e em dia. É uma espécie de “divisão de custos” entre o cliente e a operadora.
O objetivo é oferecer mensalidades mais baratas em troca do pagamento por uso. Ou seja, quem usa pouco os serviços médicos acaba pagando menos no fim do mês.
Como funciona na prática?
Imagine que você tem um plano com coparticipação e marca uma consulta com um clínico geral. Ao final do atendimento, o plano cobre a maior parte do valor, mas você paga um valor fixo ou um percentual — por exemplo, R$ 25 por consulta ou 30% do valor do exame realizado.
Cada operadora define suas regras, mas a ANS exige que o contrato deixe claro:
• Qual o valor ou percentual cobrado em cada tipo de atendimento
• Se há limite mensal ou anual de cobrança por beneficiário
• Se há teto máximo por procedimento, para evitar cobranças abusivas
Coparticipação total: toda utilização gera cobrança adicional
Na coparticipação total, o beneficiário paga um valor adicional em todos os atendimentos realizados — sejam eles consultas, exames simples, exames complexos, internações, cirurgias ou terapias.
Esse modelo costuma ter a mensalidade mais barata possível, justamente porque o custo é mais diluído ao longo do uso.
É ideal para quem usa muito pouco o plano de saúde, mas exige cuidado: se surgir uma necessidade médica mais intensa (como uma internação ou tratamento contínuo), os valores adicionais podem se acumular rapidamente.
Coparticipação parcial: cobrança apenas para terapias
Já na coparticipação parcial, o plano isenta o beneficiário de cobranças em atendimentos mais comuns (como consultas e exames), e aplica a coparticipação apenas em alguns tipos de procedimentos — o mais comum são as terapias.
As terapias que costumam entrar nesse modelo são:
• Psicoterapia
• Fonoaudiologia
• Fisioterapia
• Terapia ocupacional
• Nutrição clínica
• Terapias de grupo (quando previstas no plano)
Esse modelo é mais equilibrado: permite mensalidades acessíveis, sem pesar no bolso do beneficiário em atendimentos pontuais, mas aplicando cobrança apenas onde há uso mais frequente ou contínuo.
Vantagens do plano com coparticipação
• Mensalidade mais acessível: ideal para quem está saudável e usa pouco o plano
• Controle de uso: ajuda a evitar consultas e exames desnecessários
• Possibilidade de incluir mais vidas no plano familiar ou empresarial com menor custo
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Desvantagens e cuidados
• Se você usa o plano com frequência, os custos extras podem pesar no orçamento
• Em casos de doenças crônicas, terapias contínuas ou gestação, a coparticipação pode sair mais cara que uma mensalidade cheia
• Nem todos os atendimentos são cobrados com coparticipação — por isso, é essencial ler o contrato com atenção
Quem deve optar por esse modelo?
A coparticipação costuma ser vantajosa para:
• Jovens e adultos saudáveis, que fazem apenas check-ups anuais
• Empresas que contratam planos empresariais e querem equilibrar custos
• Famílias que preferem uma mensalidade mais baixa e têm pouca demanda médica
Dica do Especialista
Eu sempre recomendo que, antes de escolher um plano com coparticipação, o cliente pense no seu histórico de saúde e frequência de uso. Para quem faz poucos atendimentos no ano, é uma excelente forma de economizar. Mas se você está gestante, faz tratamentos frequentes ou tem filhos pequenos, vale simular os custos antes de fechar. Precisa de ajuda para comparar planos com e sem coparticipação? Fale comigo — posso fazer essa análise pra você. — Giovanni Gomes